Doeu vê-lo morimbundo
Espalhando mortos por suas margens
Fluindo devagar, meio sem rumo
Como se quisesse voltar o tempo
E nascer de novo
Sem barragem
Sem dragagem
Sem assoreamento
Sem tormento
Sem esgoto
Sem o bicho homem escroto
Mas seguiu em frente
Encontrou o mar e o pintou de barro
Como quem encontra um velho amigo
O abraça, chora e divide o fardo
VALE quanto pesa, vil mineral?
VALE quanto lesa, ardil descomunal.