Ando a flor da pele
Se é que isso existe
Ando a flor de qualquer coisa
Salto muros que não existem
Fujo do que não vejo
Durmo acordado
E corro, corro, corro
Escrevo versos sem leitores
Faço planos sem ação
Engulo horas, dias, meses, anos
E defeco letargia