Outra madrugada me faz companhia
Insistente, ela não quis dormir
Preferiu esperar o sol chegar
Inerte, em pé, aqui do meu lado
Ouvi dela o que pude
Falei o que não queria
Escrevi o que talvez me mude
Sabendo que me emudeceria
Bebi um destilado péssimo
Enquanto do outro lado sóbrio de mim
Passeiam anjos, desejos e demônios
Que gostaria de expulsá-los a pontapés
É vida que segue
É acreditar desacreditando no Criador
É morrer na praia das verdades absolutas
Mentindo para aliviar a dor
Do vazio que sinto
Do vazio que minto
Do vazio que não atende
Do vazio que nunca me enche
Belo, cruel, doce, amargo, claro, contundente.
Faça um livro, voce pode.
beijo do tio.
*Rubens Sarmento * *(31) 8629-1865*
*www.rubensmarcenaria.blogspot.com*
Lisonjeado, prezado!