Doeu vê-lo morimbundo
Espalhando mortos por suas margens
Fluindo devagar, meio sem rumo
Como se quisesse voltar o tempo
E nascer de novo
Sem barragem
Sem dragagem
Sem assoreamento
Sem tormento
Sem esgoto
Sem o bicho homem escroto
Mas seguiu em frente
Encontrou o mar e o pintou de barro
Como quem encontra um velho amigo
O abraça, chora e divide o fardo
VALE quanto pesa, vil mineral?
VALE quanto lesa, ardil descomunal.
“Mas seguiu em frente. Encontrou o mar e o pintou de barro.Como quem encontra um velho amigo: abraça, chora e divide o fardo.”
* O mar sabe receber, reciclar, purificar. É destino certo todo rio correr para o mar. O mar, como mãe, acolherá o rio como ele estiver. Não sofra tanto, poeta: o rio, agora, já virou mar! Bjos!!!
Pode musicar esta publicação Jério?
Akio
Tá liberado, prezado!